07/05/2010

O nada ou quase

Devo me embriagar de quase tudo ou quase nada,do que for preciso mesmo que viver seja necessário ou quase.Sede de um sentir sagrado,imenso, transido de alegria ou nada.De escrever em tua pele e enfeitar teu jantar de tudo ou quase nada.Baratas do meu quarto,milhões em meu sonho que só conto com a janela aberta se quiser ouvir ou é assim ou nada.Aqui abro minhas mãos e afundo no espelho de alice,sorrindo com o gato ou comendo biscoito mágico ou é isto ou aquilo,mas é sempre uma coisa a corroer por dentro o que não se vê por fora,é sempre um olhar de estanho e um socorro enfadonho,confuso,sem fuso ou quase tudo.Desmaio,desmantelo das horas passantes a reduzir a inspiração errante,incomensuravelmente vil e diletante.Palavras que mimam que choram,escorregam,machucam como quem dormiu e não viu e passou e de mãos dadas passeia por este momento sem nexo,dilexico.Nudez sem sexo,momento que reflete o rosto a olhar vivo e perplexo como quem seguiu o coelho e não caiu na maravilha do oco do buraco sem elo,com biscoito,xarope e caramelo.Devo querer morrer e querer me ver despida de ego e ostracismo com um rombo no peito numa solidão infame,impotência de não saber viver,condenada sem ver,disfarçada de mansidão,ódio de minhas fraquezas...pedir socorro e...tem,quem tira de mim esse desespero,essa dor infinita e cruel,abandono de deus mais o arcanjo miguel,...sem acerto acerca do que prezo,porrada e fel.Você ao léu,desfiando o el do meu céu,massacrando...me embriagarei de vinho,acordada na rua, no fio da navalha,na noite desvairada,sem chão,sem paz,sem amor,com pena...meu deus o que é feito de mim nessa forma?

Um comentário:

  1. O equilíbrio entre o tudo e o nada completa toda transição do ser!... do fazer... e do amar! Parabéns!

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