Já disse, não vou sair
Não quero ir a lugar algum
Já disse, não quero visitas
Não quero ver ninguém
Nem ao trabalho vou me dar o trabalho de ir
Quero hibernar, invernar... com as crianças brincar
Nada mais inventar
Inverno molhado, úmido, ilhado
Chocolatear, pipoquear e filmear, mais nada que me faça pensar
Tenho que observar, deixar a nuvem passar
Um cigarro fumar, um vinho tomar
Ou devo ... acordar, levantar, sair e sei lá
A vida tecer em finos fios e neles labutar
Já são dias passados sem sequer a rotina vigiar
Drumonzinho salve-me de minhas linhas geraizinhas ...
Eu me escondendo de minha dorzinha
Com receio das unhas arranharem as virgulazinhas
Nem sei onde encontrar a exclamação, o parênteses... a penas o final do ponto para me guiar
Parabéns! Muito bom seu poema!!! As vezes queremos mesmo um tempo de nossas obrigações... Mas quem dera termos esse tempo. Queremos ter tempo para nossos filhos e não irmos trabalhar, mas se não formos trabalhar pode ser que não podemos lhes proporcionar um tempo agradável. Bela poesia!
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