10/02/2010

Tardes II Cap III

A Sra.Is. era esse seu nome,não pode ir ao museu com sua amiga S,pois seu corpo não permitia,doía muito,a ponto dela deitar no chão frio e duro para se alongar,meu deus ,preciso urgente de um condicionamento físico adequado,pensou!nesse momento lembrou-se de quando corria na chuva e brincava com sapinhos minúsculos nas bicas das calçadas da rua onde morava...agora fugira tudo de sua mente e um enjôo terrível invadira seu estômago,sua cabeça,seus olhos...acho que preciso usar óculos...e tudo parece-lhe urgente.Uma teia emaranhada de sentimentos e sensações ora agradáveis ora confusos tem sido presente na sua rotina mental!Uma sensação de falta, ás vezes de emergência, outras de choro interminável, vontade de desistir.mas,também de epifania,momento em que tudo preenche,satisfaz,em que tudo está certo,pleno.Em que o rio corre e seu amado compreende.sua fragilidade arranha e seu leite derrama;ora de amamentar!Lembrou-se!o bebezinho lhe proporciona momentos de paz e pura beleza!Essa noite seu sol gelou no embate com seu amor, o silêncio pesou e a vida a dois lhe pareceu impossível e cruel. Pesadelo. Por onde passará seu pensamento?a mansidão do seu sol voltou a dourar e a necessidade de arrumar a casa,pôr tudo em seu devido lugar acabou deixando-a nua diante de seu altar.Nunca foi de muitos amigos,apesar de considerar a amizade um valor sagrado.Sente falta de melhores amigas,de risos de cumplicidade.lado a lado paira o bebê e o homem num contínuo elo de permanência.

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