06/12/2009

Tardes I

amo as tardes ...com tudo plugado, com o céu amarrotado, embalado em fogos e tempestades com filhos atarefados, folhagem verde amarelado e tudo correndo ao meu lado, me afogando na saudade da calçada de minha aldeia sertaneja, poeira e sol escaldante,massapê ,atoleiro,plantação mais verdejante!lua delirante,alpendre de meu sempre cintilante e eu descendo a ladeira no embalo das palmeiras com as lavadeiras pelo caminho das bananeiras,nadando no rio das cabaceiras,pulava nas pedras,eh!menina arteira! gritava a mulher cantadeira.A noite andando no escuro pela rodagem de porteiras ia nas rezas , aniversários e brincadeiras.Em casa meu pai acendendo a fogueira velava a casa a noite inteira que nem um pajé livre na sua majestade brejeira.Caí de bicicleta do lado de lá da ribanceira,na caatinga me arranhei primeiro, depois gritei,não, não gritei,aguentei e muito de mim tenho aguentado e transformado no que ainda não sei.Só não tardes pois quero está atrelada ás suas noites e tardes do jeito que você sabe,embalados em nossa cara amizade .

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