08/12/2009

Tardes II cap. II

Madrugada,ela não dormiu ainda, fuma um cigarro, olha a chuva lá fora, adora o som dos pingos no telhado.Vela o sono dos filhos, tenta se acalmar, clama por Deus...olha em volta, sua cabeça gira, apaga o cigarro, resolve ler um texto e ir até de manhã acompanhando a passagem das horas...
amanhã precisa terminar o trabalho,é uma escultura e quando ela a faz o vento lhe sopra o inesperado. Com o cabelo cortado, o anjo de barro sentado,aponta a ferramenta em direção á boca a fim de aperfeiçoar os traços dele,há três dias esse anjo não se termina, foi necessária mais uma noite acordada,eis o anjo ,com a cabeça nos joelhos e muita tristeza. A exposição é na quinta e agora ela tem que assar as peças dá o toque esperado e final.

2 comentários:

  1. às vezes é assim mesmo...sómente as memórias a nos salvarem e a nos fazerem lembrar do que um dia fomos nós. Então, que sejam bem vindas com seus anjos de bocas retorcidas, seus demônios sensuais, seus deuses que não nos abandonam. Bom é saber que sempre "haverá para-raios para nossos desmaios".

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  2. vou mais longe ainda........na maioria das vezes, salvamos nossas memórias....sem nem mesmo conseguirmos acreditar o que fomos um dia. Quem sabe, numa outra existência, conseguiremos juntar os caquinhos que ainda restaram, perdidos sabe-se lá aonde........ para serem colados? Ainda bem, que haverá sempre uma rede, à sombra de uma árvore, com suas malhas sorridentes e fagueiras......... afagando nossos eternos sonhos de criança a serem realizados......

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